quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Amo estar aqui, vivo. Vivo! E pensando.

A chuva chegou tão calma e suave.

Terra molhada.
Pingos batendo na janela.

Uma brisa que trouxe.
Tantos amores nessa madrugada. 

Pessoas ainda passam.
Um andar leve e desinteressado. 
Noite charmosa.

As gotas formando uma sinfonia.
Cada qual um tom.

Lindas cores.
Envernizadas pela chuva que agora cai.
Brilho noturno.

Eu de lado na janela.
Açoitado pelo vento.
Ele batendo em todo o meu rosto, meu corpo.

Ao longe uma luz nova que foi acesa.
Alguém. 
Algo.
Alguma coisa.
Não percebeu a chuva.
Não viu o verniz.
Não ouviu as cores.
Apenas consigo mesma.
Não há atenção. 
O belo não a interessa.
Fez o que era preciso.
Se foi.
Apagou.

Aqui.
Palavras.
Pensamentos.

As 2:16 da manhã eu olho o céu. 
Observo.
Que tudo passa.
Tantos já olharam para este mesmo céu. 
Um dia.
Um ano.
Uma década. 
Um século. 
Um milênio. 
Tantos já fizeram este mesmo gesto.
Cabeça erguida.
Olhos abertos.
E um suspiro.
Mente vai tão longe.

Quem lê entenderá. 

E ela cai.
Independente dos meus pensamentos.
O céu despejando suas lágrimas. 
Aqui os olhos lacrimejam. 
Não sei.
Um pensamento me tomou.
Eu e o céu despejado em gotas. 

Número lindo 2:22 da manhã, 11 de fevereiro de 2016.
Todos juntos.

Tantos corpos na horizontal.
Eu solitário na vertical.

Agradeço ao vento por me açoitar. 
Suspiro novamente. 
Sai um sorriso espontâneo. 
Tantas coisas. 
Uma vida nunca deveria acabar.
Cada ser é tão lindo.
Muitas histórias e belezas no coração. 

O céu por testemunha.
O vento me envolve. 
A chuva é minha música. 
Cada coisa tem o seu valor.

Amo estar aqui, vivo!
Vivo!
E pensando.

Nenhum comentário:

Postar um comentário